Clientes deverão pagar R$ 2 pela comodidade, afirma dono da franquia.
Serviço ainda aguarda regulamentação da Anac sobre uso de aeronaves.
A franquia da Pão To Go, padaria drive-Thru criada em São Carlos (SP), está testando um drone para entrega do pão francês e outros produtos aos clientes, que deverão pagar uma taxa de R$ 2 pela comodidade. O serviço, entretanto, ainda não tem data para ser disponibilizado, pois no Brasil não há regulamentação para o uso comercial de veículos aéreos não tripulados. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a proposta deverá ser submetida ao processo de audiência pública este ano.O empresário Tom Ricetti já realizou três testes com a aeronave em São carlos. Ele disse ter gostado da ideia da gigante do varejo on-line Amazon e da rede americana de pizzarias Domino’s, que anunciaram no ano passado o desejo de usar os aviões não tripulados para levar pequenos produtos aos clientes. “Pensei que seria uma facilidade imensa para pães, frios, bolos. O drone é o entregador do futuro”
O aparelho utilizado, cujo investimento foi de R$ 6 mil, possui seis hélices e tem capacidade para carregar uma carga de até 3,5 quilos. A ideia é que a aeronave não pouse no local. Para isso, o empresário desenvolveu uma caixa especial e uma pinça para soltá-la de uma altura entre 2,5 e 3 metros de altura sem prejudicar os produtos. Leite, refrigerante ou qualquer outro tipo de líquido, contudo, ficariam de fora nesse tipo de entrega. “Nos testes a essa altura percebemos que a caixa aguenta bem e não prejudica os produtos, como pão, frios, bolos, doces e outras mercadorias embaladas”, explicou o empresário.
Por enquanto, a ideia é que o drone voe até um quilômetro da padaria. O serviço será oferecido, a princípio, em condomínios. “Temos o receio de quem alguém derrube ou pegue o aparelho, então vamos trabalhar em lugares fechados. Não que não possa acontecer, mas diminuem os riscos”, disse.
Por enquanto, a ideia é que o drone voe até um quilômetro da padaria. O serviço será oferecido, a princípio, em condomínios. “Temos o receio de quem alguém derrube ou pegue o aparelho, então vamos trabalhar em lugares fechados. Não que não possa acontecer, mas diminuem os riscos”, disse.
Benefícios
O empresário ressaltou que o uso do drone não vai eliminar a entrega feita por motos, mas será um serviço facilitador para quem quer praticidade sem sair de casa. “Com a padaria drive-thru a gente já resolveu um grande problema para as pessoas que têm dificuldade de locomoção. Com o drone, queremos facilitar ainda mais”, declarou. Segundo ele, o uso será opcional aos franqueados.Regulamentação
As aeronaves não tripuladas (que compreendem as aeronaves remotamente pilotadas e as aeronaves totalmente autônomas) se enquadram na definição de “aeronave” presente no Código Brasileiro de Aeronáutica e, portanto, são objeto de regulação e fiscalização da Anac. Por esse motivo, nenhum voo de aeronave civil remotamente pilotada pode ser realizado no Brasil sem a devida autorização da Agência, que avalia caso a caso os requerimentos para esse tipo de operação.As questões técnicas envolvidas com a pilotagem remota e outras peculiaridades destes sistemas têm sido o foco dos engenheiros, pilotos e especialistas no assunto, tanto na indústria como nas autoridades de aviação civil, que buscam a demonstração da segurança das operações.
Embora não exista restrição à compra de um veículo aéreo não tripulado (vant, na sigla em português) por um cidadão, instituição ou empresa, a sua operação depende de uma autorização específica da Anac. O procedimento para que uma aeronave receba o Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave). O documento permite, entretanto, apenas operações experimentais sobre áreas não densamente povoadas, ou seja, não permite operações com fins lucrativos e nem operações em áreas urbanas.
A Anac ressalta que a utilização de uma aeronave sem autorização está sujeita às penalidades previstas na própria Lei 7.565/86. O infrator estará ainda sujeito a ações de responsabilidade civil e penal.
A Padaria drive-thru
Atualmente com 112 franquias, a Pão To Go tem conquistado clientes no Brasil e no exterior. A rede fechou contrato para unidades em Miami, Orlando e Los Angeles. A Argentina já conta com um master franqueado (que subfranqueia as unidades) e a primeira loja será na grande Buenos Aires. Chile e Angola também estão em negociação com um master franqueado, disse o empresário.
O investimento inicial para abrir uma unidade é a partir de R$ 195 mil, o que inclui taxa de franquia, capital de giro, maquinário e obras. O espaço mínimo para instalar o ponto é de 200 metros quadrados, sendo necessário 40 metros quadrados de área construída para um box.
Atualmente com 112 franquias, a Pão To Go tem conquistado clientes no Brasil e no exterior. A rede fechou contrato para unidades em Miami, Orlando e Los Angeles. A Argentina já conta com um master franqueado (que subfranqueia as unidades) e a primeira loja será na grande Buenos Aires. Chile e Angola também estão em negociação com um master franqueado, disse o empresário.
O investimento inicial para abrir uma unidade é a partir de R$ 195 mil, o que inclui taxa de franquia, capital de giro, maquinário e obras. O espaço mínimo para instalar o ponto é de 200 metros quadrados, sendo necessário 40 metros quadrados de área construída para um box.
De acordo com Ricetti, o faturamento médio mensal do empreendimento é de R$ 50 mil a R$ 70 mil. A recuperação do valor investido pode ser de até 12 meses, que varia de região.
(FONT G1.GLOBO)
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